27 de julho de 2010

Vinho: exercício de sensações



Degustar um vinho é muito mais do que bebê-lo. Mesmo porque o paladar só pode dizer se ele é doce, salgado, azedo ou amargo. Para desfrutar até a última gota de sua riqueza e complexidade, os enófilos se valem também do olfato e da visão.

O processo de degustação, pleno de detalhes e sutilezas, basicamente começa com o exame visual. Segura-se o copo de vinho pela haste e, contra a luz, analisam-se cor, transparência e brilho. Depois vem o exame olfativo, quando se sente o aroma (cheiro originário da uva) e o bouquet (cheiro produzido nas fases de fermentação e envelhecimento). Para isso, o copo deve ser agitado várias vezes, aspirando-se nos intervalos. Os connaisseurs, pela experiência, chegam ao luxo de distinguir odores como florais, vegetais, picantes ou balsâmicos.
 
A última etapa é o exame gustativo, quando se toma um grande gole de vinho deixando-o alguns segundos em contato com toda a superfície da boca. Essa cerimônia exige um copo especial, chamado tulipa, alto e de boca estreita, para evitar que o aroma e o bouquet escapem rapidamente.

A capacidade de distinguir vinhos bons dos nem tanto é sobretudo um exercício de memória e comparação. O enófilo paulista Clóvis Siqueira sugere, para quem quer se iniciar na degustação, começar comparando três vinhos comuns com um de reconhecida qualidade superior, para sentir a diferença. Depois passa- se à descoberta das preferências pessoais. Pegam-se cinco garrafas de vinho produzido com a mesma uva— Cabernet Sauvignon, por exemplo — em regiões demarcadas diferentes, como Bordeaux, Rhône, Bourgogne, Rioja e Dão.

Como a personalidade e a característica de cada vinho são únicas, certamente um deles agradará mais ao olhar, olfato e gosto do provador.



Fonte

 

2 comentários:

Elayne Gemignani disse...

Lindinha,
Eu adoro vinho... Tinto, branco, espumante. Estão nos meus planos fazer um curso de vinhos, já ensaiei várias vezes. Nenhuma intenção de ser uma expert, mas uma pitadinha a mais desse saboroso conhecimento seria bom demais!

“O vinho é a prova irrefutável que Deus nos ama e nos quer felizes” Benjamin Franklin

Lena disse...

Elayne,

Eu também tenho uma vontade imensa de fazer um curso, que seja básico, não tem problema, mas o prazer de saborear o vinho com certeza iria ser maior. Um dia farei...